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"Todos sabemos que cada dia que nasce é o primeiro para uns e será o último para outros e que, para a maioria, é so um dia mais."
José Saramago

sexta-feira, dezembro 28, 2007

Retrospecto


Isto é algo que faço duas vezes por ano – no final do ano lectivo e agora.
Desta vez decidi publicar. Apenas me sento em algum lugar, respiro fundo e penso objectivamente acerca de tudo o que aconteceu durante o ano que está a acabar. Apenas para fazer um ponto de situação.


Foi um ano de surpresas.
Umas boas e outras menos boas. Se por um lado esperava fazer na faculdade muito mais do que fiz até Agosto, por outro fiz muito mais do que esperava a partir de Setembro.
Fiz uma viagem inesperada que me deu toda a energia para superar muitos obstáculos que encontrei daí em diante. Só lamento a dificuldade daquela língua, o que não me permite ir estudar para lá.
Depois a mudança inesperada de casa, que se tem vindo a tornar habitual, encontrei colegas que, apesar de não substituírem as anteriores, são fantásticas.
E outras tantas coisas que aconteceram pelo caminho...

Foi também um ano de sacrifícios.
Começou com algumas expectativas relativamente à faculdade, as quais não foram todas superadas, não sei se por ter o ego alto demais ou se, pelo contrário, o medo de voltar a errar me prendeu.
Ficar sozinha a estudar no meu aniversário e reprovar na oral dois dias depois foi quase traumático. Tive que repensar todas as minhas escolhas relativamente a um futuro profissional, mas creio que isso é algo que vou fazer nos próximos anos, dada a dificuldade do curso.
Felizmente estou a conseguir superar as expectativas previstas para mais um ano lectivo. Dizem que estou mais aplicada, eu diria mais entusiasmada.
Entendo o meu curso como um namorado a quem tenho que sorrir mesmo que por vezes não me apeteça muito, do qual tenho que cuidar para a relação não terminar.

Foi um ano de loucuras.
Muitas loucuras. Vivi ao longo de todo o ano um sem número de doces loucuras que guardarei para sempre, as quais não creio ser importante denominar.
Faria tudo vezes sem conta sem arrependimentos.
Conheci muitas pessoas, algumas muito interessantes, por sinal, que passaram a fazer parte de um número restrito a quem chamo amigos.
Vivi noites e dias de forma tão intensa como não imaginava ser possível.
Apaixonei-me, duvidei da paixão.

Foi, finalmente, um ano de conhecimento e aprendizagem.
Além das pessoas que fazem, agora parte da minha vida, foi um ano de conhecimento próprio, sempre positivo.
Conheci algumas das minhas limitações enquanto ser humano que sou.
Aprendi a fazer da solidão uma arma forte de liberdade. Isso permite-me ter uma vida independente e aproveitar cada momento como único.
Aprendi a dar valor aos meus amigos próximos, deixando alguns fantasmas do passado no respectivo lugar. E isso faz de mim uma pessoa mais saudável.


A todos os que por aqui passam, e aos demais,
desejo que o ano novo que se aproxima seja recheado de doces surpresas!

Feliz 2008!

terça-feira, dezembro 18, 2007

Escravos do azar




(Ver também: Turno da noite)

Regresso ao 'turno da noite'. Volto a deixar de ser a Mária, estudante, e transformo-me na mari, observadora.
Mais uma noite gelada. Hoje concentro-me apenas numa parte da população, dispersa pelos vários cantos do nosso mundo. Refiro-me aos escravos do azar.

Passam vidas inteiras na rua.
Alimentam-se de ar, muitas vezes poluído, e tudo o que recebem é tantas vezes desprezo.
Agarram-se à vida que não têm, com que gostavam de sonhar. Temem!
Alguns desejam apenas saúde e um sítio para dormir.
São pequeninos e esqueléticos mas conseguem ter um coração enorme!
São os escravos do azar.
Dos recém nascidos aos mais graúdos, nenhum pediu para nascer, nenhum imaginou que a vida seria uma morte antecipada.
Infelizmente, a maioria de nós só olha para eles nesta altura do ano, em que os corações ficam mais abertos, em que a sensibilidade anda no ar.
Também será estranho e de apontar o dedo o facto de eu escrever sobre este tema precisamente agora.
Na realidade, também eu ganho mais afectividade a estas causas nesta altura em que o frio aperta, esquecendo tantas vezes que o calor não lhes mata a fome.

Eu achava que o Natal era uma época hipócrita, talvez a mais hipócrita do ano, em que as pessoas sorriem porque fica bem, ajudam para não parecer mal.
Hoje tenho dúvidas.
Começo a pensar que, pelo contrário, esta é a única altura em que não existe receio de sorrir e de dar, nem medo de ficar com um pouco menos para dar um pouco mais a quem nada tem.

Aos escravos do azar!
Aquelas pessoas simples que sorriem com tão pouco, que contagiam tanto com apenas um sorriso, para quem uma insignificância vale o mundo.
Aboliu-se a escravatura mas os escravos continuam a existir em números estrondosos, no nosso país e no mundo inteiro.
São os escravos do azar.

Hoje volto a ser metade de mim, escrevendo e divagando à média luz, sob a lua coberta de nuvens.
Resta-me acreditar na consciência das pessoas e na força (quase sobrenatural) dos sobreviventes, aqueles escravos à força, nesta noite húmida e fria, que não lhes consegue servir de abrigo.


Sorrir-lhes será o primeiro passo?...

quarta-feira, dezembro 12, 2007

Amor com medida

Despediram-se com um beijo. Especial e único como todos os outros. Ela ficou a vê-lo partir, mentalizando-se da dura realidade.
Conduziu-se instintivamente até ao cais, o refúgio secreto. Esse era uma parte dela que o rapaz não teve oportunidade (ainda?) de conhecer.
Sentou-se junto da água, apertando os joelhos contra o peito. Quereria afastar o vazio? Talvez…
Seria aquele o primeiro dia de liberdade? O primeiro dia de tormento? Ou o primeiro dia de mais uma separação que ocupa o tempo de uma eternidade e o espaço de um vendaval porque vivida e sentida como tal?
Fechou os olhos, tentou segurar as lágrimas. Impossível.
Olhou o rio, conversou com as ondas miúdas, sentiu-se observada pela lua e aconchegada pelo céu limpo e estrelado.
E assim ficou, tendo perdido a noção do tempo. Naquela noite não tinha planos nem obrigações. Pertencia-se a si própria por um prazo indeterminado.
Levantou-se e seguiu.
Nesse momento percebeu que afinal o amor tem uma medida e que a felicidade tem um preço.

sexta-feira, dezembro 07, 2007

Encruzilhadas


Olhares a preto e branco
Na descoberta das cores do mundo.
A cada passo dado tenho mais a certeza de não querer voltar para trás.
Sinto-me bem!
Hoje acordei cedo…
Estou feliz mas cansada.
Dizes que sou
Boa na cama
Então Deita-te aqui
Sou eu
Adormece comigo.
Ganhar tempo agora
Para melhor viver
A vida
Olho a bolacha que tenho na mão
Passou connosco por um Naufrágio
E permanece intacta…
…Como o ‘nós’!


Com ou sem sentido foi isto que calhou.

Compor um post em prosa/conto ou poesia com o título dos últimos 10 posts, usando outras palavras, pelo meio, para dar sentido ao todo, é o objectivo do desafio que me foi lançado pelo meu amigo Dias… Pois porque na blogosfera também se fazem amigos!
Dos posts sem título retirei as primeiras palavras.

Da mesma forma, lanço o desafio a:
Tufa tau
Visão Caleidoscópica
Bia.

Um beijinho enorme com desejos de excelente fim-de-semana!

domingo, dezembro 02, 2007

Olhares a preto e branco


São olhares que nos transcendem
Gestos que nos param
São mãos que se estendem
Palavras que nos esmagam...
...e se separam.

São verbos insanos
Com cheiro a pecado
Sensações de ansiedade
Turbilhões de pensamentos.
Mas cuidado!
Os olhares estão atentos
O mundo está vigiado...
...e viciado!

São corpos que se esbatem
Entre o calor e a neblina,
Que se aproximam
Fazem eco, não sei porquê.
Cuja dor cresce em surdina
Mas não se sabe,
Ninguém a vê!

Valerá a pena explicar?
Explique-me a mim quem me lê...

domingo, novembro 25, 2007


A cada passo dado tenho mais a certeza de não querer voltar para trás.
Já passou tanto tempo e eu ainda aqui estou…
E tu também continuas cá!
És tu o meu caminho, é a ti que quero percorrer.
Conhecer cada milímetro teu como se de uma ilha abundante em aromas suaves e pedras preciosas se tratasse.
O tesouro? Esse quero guardar só para mim (um dia digo-te ao ouvido).


Não quero saber das más-línguas nem dos maus olhares nem de nada que nos transcenda.
Quero-te a ti com todas as características da embalagem.
Agora percebo que não somos um só.
Ainda bem!
Somos dois, eu e tu, e completamo-nos lindamente.
O t substitui o e, o e substitui o t e assim eu posso ser tu e tu podes ser eu.
Acrescentando um a e um m, como prefiro sempre, eu posso ser tua e tu podes ser meu.

…sempre que quisermos!

quinta-feira, novembro 22, 2007


Hoje acordei cedo…
Algo que não sei explicar invadiu o meu sonho e deixou-me desperta.
Uns ruídos… Coisa estranha!

Abri um olho e o outro e já não os consegui fechar mais.
A cama estava tão quenteinha…
Mas num impulso vesti o roupão e lá fui.
Nem sou muito sensível ao frio mas este é, para mim, um objecto de aconchego.

Em casa, nem sinal d vida…
Na rua, o sinal de um Outono temperado que se iniciou tardiamente…
O vento a mostrar a garra, as folhas a cair, uma meia dúzia de gotas de chuva…

Cabelos desorganizados, cachecóis e barriga à mostra é como melhor defino a minha postura!

Começam a ver-se umas luzes de Natal…

Já cheira a Hipocrisia!

(Será normal apenas uma folha ter cor, numa paisagem inteira? - entenda-se...)

Letras grandes e chamativas nas montras das lojas, as tendências para o Inverno pouco rigoroso que se aproxima.
As promoções de Natal…
…e uma meia dúzia de falsos sorrisos e falsas promessas de um ano novo que está próximo.
Sim meia dúzia… Porque ainda é cedo para virem em catadupa!



Como tal, pergunto:
Foi para isto que acordei??

domingo, novembro 18, 2007

'Boa Na Cama'


Pois é, mais um desafio... Desta vez em forma de mimo, o mais hilariante de sempre!

O Dias, que é um simpático e muito querido, imagina-me “boa na cama”.
Sim, é um querido mesmo mas sobre isso não há nada a dizer. É, sem dúvida, uma paragem obrigatória em cada vez que visito a blogosfera. Um beijinho para ti!

Então vejamos...

A dormir até sou tranquila, mas primeiro que adormeça demoro eternidades e acordo com muita facilidade.
Gosto de dormir encolhida, sem grandes movimentos, com as pernas dobradas e tapada até ao pescoço. Por acaso não ressono mas às vezes falo ahah!
Acordada... bem, não perguntei isso nem vou fazer grandes comentários mas já ouvi dizer que sou muito sensível – entendam isto como quiserem porque não vou desenvolver mais.
Muito pessoalmente, creio que sou Boa Na Cama consoante o estado de espírito e as preocupações ou ausência delas no momento.

Nomear 5 bloggers (não exclusivamente do sexo oposto) que, pelas razões mais diversas, imaginem ser bons na cama:


E ficamos por aqui...

Eu, que não dou grande importância ao sexo, creio que este não é prova de amor para ninguém (pelo menos, actualmente) mas sim uma forma de quebrar certos tabus entre um casal e levá-los a ver certas coisas que têm em comum.
Gosto de ter apenas um parceiro, que me conhece talvez melhor do que ninguém e a todos os níveis; mas sei que hoje em dia, Sexo no seu sentido mais lato revela mais um amor próprio como forma de satisfação de uma necessidade ou de um desejo do que um amor por outrem.

Muitos não concordam mas cada um molda as suas opiniões consoante as próprias vivências.

Expliquem, em traços gerais, o que é, para vocês, a definição de "bom na cama". Se quiserem desenvolver e explicar as vossas escolhas, parece-nos bem.

Bom Na Cama é o parceiro que, na viagem sexual, acompanha cada movimento, que está atento sem perceber, que sente o que sinto.
É essencialmente aquele que, após esta viagem, fica abraçado a mim a dar mimos e a falar de coisas que não passam na cabeça de mais ninguém.
E, claro, que dorme sem me destapar.

Deixar um comentário no blog dessa pessoa para que saiba que foi nomeada. O ideal será escreverem: "Acho que és bom/ boa na cama. Desafio-te no meu blog...", mas poderão ser mais comedidos.

Prometo!

Não podem ser nomeados:

Os autores do desafio: Bad e Ervi. É claro que somos bons na cama, e por isso não podemos tirar a competitividade a isto.

Se os autores falam, nós acreditamos e agradecemos aos seus papás por terem trazido ao mundo pessoas com tamanha criatividade!

Pessoas que se conheçam pessoalmente. Este é apenas um exercício de imaginação. Afinal, o erotismo está no cérebro, não é? O corpo reage, o cérebro age.

No mínimo interessante, de facto...

Pessoas que não conhecem pessoalmente, mas com as quais já estiveram na cama.(É IMPRESSÃO MINHA MAS ISTO NÃO ESTÁ A FAZER SENTIDO?)

Esta parte faz-me lembrar algumas passagens de alguns livros de Direito... Vá-se lá saber porquê!

Importante: se conhecem (no sentido bíblico da palavra) alguém que foi nomeado, e até sabem que não é bem assim, não queremos saber. Nas camas virtuais é bom quem nós achamos que é. Ao menos nessas que não existam desilusões...

Se bem que nem sobre as cenas passadas na cama real deveriam haver comentários. Não que eu já tenha passado por alguma situação vergonhosa desse género mas porque esses momentos são únicos e se duas pessoas não se dão bem na cama isso pode dever-se a uma incompatibilidade entre ambos.
Mas tudo bem!


Um sorrido a todos,
com o desejo de bom início de semana!

quinta-feira, novembro 08, 2007

Deita-te aqui...

Deita-te aqui...
Falta-me esta meia dúzia de páginas para dar como terminada a leitura deste livro mas deita-te aqui.
E abraça-me.
Claro que deixo. Aliás, quero!
Não, hoje não quero o teu corpo no meu.
Não quero sentir os teus dedos a estudar-me nem a tua língua a percorrer-me.
Não, também não quero as tuas pernas entrançadas nas minhas nem as línguas dançantes nem as mordidelas desde a orelha aos mamilos.
Nem quero sentir a tua respiração rápida nem os gemidos – que adoro.
Hoje quero apenas um abraço…
Quero um abraço, simples aos olhos de quem me lê mas único para mim porque só tu o sabes dar.
Agora dou por concluída a leitura.
Humm...
Que bom é sentir este abraço forte e caloroso!
Os meus dedos começam a querer tocar-te, as pernas a querer cruzar-se com as tuas, os dentes a querer mordiscar-te, os ouvidos a querer a tua respiração e a língua a querer sentir-te…
Huummm...
Mas hoje é o abraço o vencedor!
Um orgasmo num abraço… Será possível?
É bom!!
Não me largues!



E… Boa noite!

quinta-feira, novembro 01, 2007

Sou eu...

Tudo o que anseio e desejo,
Tudo o que planeio e produzo,
Tudo o que penso e uso…
Em tudo sou eu!

Tudo o que quero e sonho…
Tudo o que respiro e suspiro,
Tudo o que sigo e proponho…
Em tudo sou eu!

Tudo o que calo e não minto
Tudo o que desenho e pinto
Tudo o que sonho e sinto…
Em tudo sou eu!

Tudo o que ganho ou perco,
Tudo o que escrevo e apago,
Tudo o que comigo trago…
Em tudo sou eu!

Em cada passo dado,
Em cada gesto que faço,
Em cada abraço apertado,
Sou eu!

Sou eu!
Sou eu!

domingo, outubro 28, 2007

Ganhar tempo :)

Psssttttt!
Sim você mesmo!
Parabéns, ganhou uma hora!
Parabéns a você e a todos nós e ao ser que se lembrou de dar uma hora por ano à Humanidade!


É verdade, este é um fenómeno Universal que acontece uma vez por ano. Pena ser só uma vez!
Mas se assim é, que seja vivido da melhor forma possível.
Com tanta falta de tempo que hoje existe, com tanta azáfama, eu tenho a honra de usufruir desta hora na Lezíria Ribatejana, em pleno ambiente campestre, junto da família, a respirar ar puro e fresco!
Que bom!!!
Na realidade, oficialmente é dito que das 2 horas passou para a 1 hora mas eu defendo que, neste dia, cada um deve poder escolher a melhor hora para atrasar o seu próprio relógio, desde que isso não prejudique terceiros, claro.
Assim, cada um tem total liberdade de escolher a melhor altura do dia para aproveitar este tempo que nos é a todos tão necessário!

Não sei se idealista ou justa, sei que desta forma não íamos encarar este tempo como perdido.
E assim todos sorriamos um bocadinho mais
!



Bom Domingo!

domingo, outubro 21, 2007

...A vida!

Por vezes, o sonho dá-nos o que a realidade nos nega!
Tantas e tantas vezes sonhamos – mesmo que acordados – a pensar como seria bom se tudo fosse igual ao que não é…
Tantas e tantas vezes nos deparamos com uma realidade que não escolhemos, que nem sequer preparámos nem tão pouco prevíamos.
Pois é, amiga, somos humanos!
Seres parcialmente livres e relativamente capazes!
Porque de absoluto e totalmente verídico só temos duas coisas:
um dia, o nascimento; outro dia, a morte.
Nua e crua e quase impossível de mastigar!
Todo o intervalo entre um facto e o outro é um mistério…
Uma luta, uma conquista!
A vida!...
Forte? É o que se levanta da lama, trazendo no bolso as coisas más e nas mãos os sorrisos e as imagens de todos com quem se cruzou, espalhando pelos restantes a alegria de viver e a vontade de vencer!

Não perguntes como nem porquê, apenas sente e sorri!
As respostas chegam a seu tempo…

...A vida!

quarta-feira, outubro 17, 2007

Olho a bolacha que tenho na mão, a mesma que me preparo para devorar…
Dou uma dentada…
Mas algo me faz parar.
Então pergunto, pergunto-lhe, coisas e coisas que surgem desordenadamente e sem motivo.
Onde terá esta já andado e que mãos lhe terão já tocado?
Quantas prateleiras terá já pisado?
Quantas histórias terá já ouvido e por quantas hesitações terá já passado?
Porque terá vindo parar a mim, com tantos milhões de pessoas no mundo?
Esta simples bolacha que já foi só massa e que já foi apenas o conjunto de alguns ingredientes que se juntaram para cumprir o disposto numa receita…
A mesma que um dia será uma porção de migalhas e, mais tarde, apenas uma história.
Como tantas e tantas que existem mundo fora!
(Como tu, talvez um dia, serás também?...)

Ai… Se ela falasse…
Será que o mundo iria mudar?


Apenas reflectindo um pouco…

quarta-feira, outubro 10, 2007

Naufrágio - Parte V


Bem… Fui obrigada a abandonar a ilha.
A falta de comida e de mantimentos, juntamente com as condições climatéricas nem sempre favoráveis, obrigou-me a isto.
O meu barco não é forte, confesso. Mais tipo jangada…
Trouxe comigo apenas alguns grãos de areia e este pedaço de folha virtual para evitar que enlouqueça.
A viagem já dura há uns dias mas não encontro nada a não ser rochas a dificultar.
Os peixes vão ajudando a combater este tédio.
O mar?
Nem sei bem por onde navego…
O que me levou à ilha era lindo…
Um azul doce e aconchegante, cujas ondas salgadas encaracolavam de mansinho e me tocavam os pés…
Agora já não.
Mas continua a inundar-me por dentro.
E tantas vezes me consome ainda…
Na verdade, estava a adaptar-me a toda uma vida que nunca imaginaria conseguir suportar.
A voz?
Era um dos maiores tormentos.
Aprendi a falar com tudo para não perder o jeito.
Não está a ser fácil a viagem. Nem sei se vou aguentar ou se vou sobreviver.
Mas precisava de fazer isto.
A ausência nesta folha virtual?
Essa deve-se a algo que não sei explicar bem.
Apenas não conseguia escrever. Ao contrário do que é habitual…
Tenho, também, andado empenhada em tudo o que diz respeito à ilha que deixei para trás - que ainda consigo ver de longe - para que não ficasse nada por descobrir e conhecer (sou do tipo de pessoas que se arrepende das coisas que não faz).
E aventurei-me…

Estranhamente...
...aquele lugar deixa-me saudade…

quarta-feira, outubro 03, 2007


Foste quase tudo. Podias ter sido mais ainda…

Mas preferes ser apenas um estranho!

De facto tenho que começar a apostar no jogo…

sexta-feira, setembro 28, 2007

Naufrágio - Parte IV


Os olhos estão baços,
Colados no horizonte.
Os braços?
Esses estão cansados,
Os dedos pesados,
Curvados, tipo ponte.

Estes espaços em branco
Teimam em ser cobertos…
De palavras, de lágrimas,
De sorrisos incertos.
Eu canto, tentando apaziguar o vazio.
E sopro e suspiro para afugentar o frio.

Continuo perdida nesta ilha onde vim ter.
Já desesperada procuro guarida!
Construí um abrigo para me proteger
Mas o mar levou-o e deixou-me desvalida!

Apenas me resta uma torre que também eu própria fiz.
De lá avisto apenas o mar.
Converso com ele, imagino o que ele diz.

Agora vou ter que construir tudo de novo!
Mais uma vez!!
Cada estaca,
Cada folha de palmeira,
Cada cortina de esperança,
Cada trança de uma nova temporada.

Mas hoje fico aqui sentada.

Não sei para que lado fugir.
Meu Deus, a ilha é redonda!
O mar vai e vem sem avisar ninguém.
Hoje veio, carinhoso, aconchegar o meu início de noite.
Nunca sei o que esperar, o que prever.
Não quero enlouquecer.

Perco-me em mim e num sem número de doces recordações que guardo de uma vida que já passou.
E consigo sorrir. Mesmo sabendo que já a perdi.
Não me prendo ao passado e, por vezes até o quero esquecer.
Como agora!
Já será hora de viver?

sábado, setembro 22, 2007

Campinos da Azinhaga... Ei-los!

E foi no passado Sábado, dia 15 de Setembro, que os Campinos da Azinhaga, os verdadeiros campinos do Ribatejo, voltaram a brilhar em mais um festival de folclore!
Falo deste porque teve um gostinho especial, visto ter sido em terras e para gentes tão nossas conhecidas!
Alguns passeavam-se pelas ruas, falando de seu próprio encanto.
Mas quem brilhou? Quem recebeu, afinal, os elogios?
Humildes como sempre antes de termos subido ao palco, estupendos como ninguém assim que o pisámos.
Entre Modas de Roda e Viras, Fadinhos e Verdegaios, nunca esquecendo o Fandango que tão bem adoptámos, fechámos aquele festival com chave de ouro e diamantes preciosos.
Primeiro a sede nasce, só depois a podemos afundar.
Os sorrisos davam-se com gosto, os corpos bailavam com orgulho, os aplausos eram dados com entusiasmo!
E ninguém quis perder tal momento.
Somos grandes, minha gente!
Orgulho das minhas raízes!
Campinos da Azinhaga... Ei-los lá vêm,
Bendita a terra que criou tais filhos,
Felizes filhos que tal madre têm!
_______________________
A todos peço as mais sinceras desculpas! O tempo tem sido muito pouco e o trabalho mais que muito. Já deu alguns frutos mas a guerra ainda não terminou.
Deixo um pouco da minha cultura, um bocadinho de uma paixão.
As fotos vêm no próximo post, devido a uma pequena falha técnica :)

terça-feira, setembro 11, 2007

Chegou, sentou-se e sorriu.
Todos o olharam,
Todos lhe tocaram,
Mas ninguém o viu.

Mentira!

Todos o viram
E dele abusaram
Todos o serviram
Todos o acusaram

Também...

Mas o senhor
Já velho e deprimido
Que todos acusam
Que todos usam
Não poderá ser defendido?

Todos o mandam embora
E, simultaneamente, o acolhem
Ora...
Se têm um espelho, olhem,
E vejam...

O Pecado!
Aquele pobre coitado.

Quem nunca o usou, que atire a primeira pedra!

Eu apenas lanço um sopro...

domingo, setembro 02, 2007

Fui desafiada. Eu??

Fui desafiada!
A minha querida Visão Caleidoscópica presenteou-me (já há uns tempos) com um desafio, mas o que mais alegria me deu foi a forma como senti que a mesma esperava uma resposta! Espero corresponder à expectativa!

Quanto à desafiadora, que poderei dizer??? Que não é de há muito que a visito no seu Castelo mas – acreditem - é um lugar virtual onde, realmente, me sinto muito bem!
Um beijinho para ti, minha linda!

O desafio consiste em: “Cada pessoa escreve sete factos casuais sobre a sua vida. Depois passa a outros sete.”

Facto: Qualquer dado da experiência; acção realizada; acontecimento; circunstância; caso.
Casual: Que depende do acaso; eventual; fortuito; acidental.

Como tal,
Se por acaso...

1. Meto alguma coisa na cabeça, o que quer que seja... com muita dificuldade me fazem mudar de ideias.
2. Sou confrontada com despedidas... aproveito idas ao WC ou momentos em que estou completamente sozinha para deixar cair algumas lágrimas; não o consigo fazer perante muita gente.
3. Vou na rua e ouço algum piropo... levanto o nariz, armo-me em superior e finjo não ter ouvido (uma forma de esconder, muitas vezes, o embaraço).
4. Vou na rua e passo por algum amigo sem o presentear, no mínimo, com um ‘olá’... é porque ia tão no meu mundo que nem o vi (coisa que acontece com muita frequência e que nem sempre é bem interpretada).
5. Descubro que alguém me mentiu... esse ‘alguém’ entra automaticamente na minha lista negra.
6. Me pedirem ajuda... sou a primeira a estar lá. No entanto, o meu orgulho não me deixa aceitar a ajuda de todos.
7. Deixo de me apaixonar, quer seja pelo que faço ou pelas pessoas que me rodeiam, pelo sol ou pelo céu estrelado, por todas as pequenas coisas que façam com que eu valorize cada dia por si próprio como sendo único... é porque fiz uma operação ao cérebro e deixei de ser quem sou.

E espero ter-me dado a conhecer mais um bocadinho.

Desafio outros sete, de forma a não quebrar a corrente. Vou nomear alguns que, apesar de não serem comentadores assíduos, o foram há uns tempos (talvez na tentativa de recuperar as visitas) e tenho por eles um enorme carinho e admiração.
Peço desculpa se algum dos desafiados por mim já o foi por outra pessoa. Aqui vai...

Oficina dos risos
Lupanar do pensamento
Mia Gato!... Miau!
De bem com a vida
Taskinha das Letras
Luar
Espaço de generalidades


Deixo-vos com um beijinho e com o desejo de respostas ao desafio!

A foto, sendo minha, mostra um bocadinho de mim, o que me parece adequado, tendo em conta o objectivo do desafio.

terça-feira, agosto 28, 2007

Num outro qualquer dia, diria que irias optar.
Mas não, não vais! Já optaste!
E optaste por ela.
Mais uma vez ela!
E mais uma vez eu... mas num segundo plano.
E em silêncio e sem movimentos bruscos para ninguém perceber.
Só tu.
Eu não, nem mais ninguém.

Serei eu tão boa que tens medo de não ser suficiente para mim?
Ou tão má que não chego para ti?

No meio de tudo e, afinal de contas, foi ela a única insuficiente.
E vai continuar a sê-lo.
Mas foi a ela que acabaste por escolher.
Não a mim.
Ou melhor, a mim também, mas só tu continuas a saber.
Eu não, nem mais ninguém.

Desamores...


Mas a vida não é só feita de lágrimas e, incrivelmente, este lugar faz-me sentir cada vez melhor!


Minha querida Visão Caleidoscópica, sim o desafio já está respondido e foi com grande honra que o fiz... Mas – e nada de gozar lol – não sei colocar links nos posts, como tal vou ter que perder aqui algum tempo a descobrir... É nestas alturas que me sinto uma autêntica "analfabeta funcional" lol...

segunda-feira, agosto 20, 2007


Meus amores! Sim já voltei de férias, mas os dias por cá têm andado agitados.
Como foi??? Inesquecível! Para repetir SEMPRE!
Desde o primeiro momento (ainda no aeroporto) até ao último segundo (já no aeroporto) fui acarinhada por todos com um sorriso que, de todo, não esperava! A saudade era visível ainda antes de partir...
Foi difícil a despedida. Muito difícil mesmo!! Mas voltei feliz por ter trazido daquele povo mais umas pedrinhas para o Castelo da minha vida! Deixei lá outras tantas, pois acredito num novo encontro e acredito que as relações fortes se mantêm mesmo a 2000km de distância.

A todos vocês, companheiros de guerra (se permitem que vos trate desta forma), deixo o meu muito obrigado pela força e pelo carinho que foram dando, mesmo sabendo que poderia não responder logo!

A ti, Visão Caleidoscópica, digo que o teu desafio vai ser elaborado hoje e que espero que seja o meu próximo post :)

Um beijinho e um sorriso a todos!

sexta-feira, agosto 10, 2007

O nada que é tudo!

Quanto falta p’ra (te) ter?
Quanto falta p’ra chover?
Quanto falta p’ra poder?

Sorrir

Mágoa,
Dor,
Ternura.

Quanto falta p’ra sentir?

Quanto falta p’ra fugir?
Quanto falta p’ra esquecer?

Sol,
Calor,
Energia pura.

Quanto falta p’ra viver?
- Nada!

Quanto falta p’ra morrer?
- Tudo!

E a vida obsura?

- Oh! Essa morte não chega a ti…



Aqui sou «Mari van Portugal»! digno de uma rainha, não?
Ainda não regressei das férias e, na realidade, estou a amar isto! Mas vir aqui foi mais forte! Tinha este pequeno sopro a pedir para ser lançado.

Por acaso (e só mesmo por acaso) o tempo tem estado bom.
Ontem choveu e hoje existem algumas nuvens mas tenho tido sorte!
O sol?? Esse existe nos olhos, nos lábios, nas palavras ... e é bom demais!

terça-feira, julho 31, 2007


Naufraguei!
Mais uma vez!
Após tantos e tantos dias e horas de esforço intensivo, uma eternidade, sem os resultados esperados e desejados, sinto que uma pequena pausa me fará bem e me dará força para mais uma época difícil em Setembro!
Não, não mereço estas férias e sou a primeira a assumi-lo!
Mas preciso. Preciso tanto!
Sinto o cansaço a apoderar-se de mim, a pegar-me ao colo, a puxar-me os cabelos e a gozar comigo com um ar de felicidade tal que fico com os nervos à flor da pele só de imaginar!
A realidade é que vou!
Vou para fora do país, sozinha e sem planos absolutamente nenhuns.
A única coisa que sei é o destino e o objectivo (ou parte dos mesmos).
Vou para sentir cada momento!
Do outro lado, pessoas queridas esperar-me-ão.
Talvez volte cheia de ideias e de força, cheia de boas vibrações que não consigo sentir aqui e agora!

Quanto a vocês, companheiros de guerra, levar-vos-ei a todos!
Cada grão de areia deste castelo vai estar comigo a tempo inteiro lá naquele lugar especial!

...quem sente os meus sopros sabe que sim!




Até já (para não parecer muito tempo) :)

sábado, julho 28, 2007

Mais desvarios...


A que cheira o ar?
A que cheira o sol?
A que cheira um ranger de dentes?
A que cheira a cor?
E o suspiro?
A que cheira a dor?

Mais um dia, mais uma noite
Mais uma eternidade de questões...
A vida
A fonte!

A que sabe um sorriso?
Sabe bem!
Mas sabe a quê??
A que sabe o horizonte?

Mais uma noite, mais uma eternidade
Nesta varanda que mais não me deixa que visualizar o céu
E o sonho!

A que cheira o pesadelo?

Questões unidas
Por vezes vencidas
Por mim e pelo cansaço.
Não pelo sono, só mesmo pelo cansaço!

De que cor é o cansaço?
De que cor são os falhanços?

Talvez no sono
Ou no sonho
Encontre as respostas...
Se elas, de facto, existirem.


Hoje não pouso a cabeça numa nuvem.
Junto uma pequena porção de estrelas
Das poucas que hoje vejo brilhar
Esperando que
Por baixo deste lençol, iluminem o meu caminho
E reconfortem a minha noite.
Deixo algumas de parte...
Para quem as quiser aproveitar.

Toma! Esta é a maior! Fica com ela!

segunda-feira, julho 23, 2007

Já passaram alguns anos...




Um sorriso...


Ou dois!


Um olhar...







Uma expressão!...

...que faz de mim uma pessoa diferente de todas as outras...

Não especial, mas única!

Quantos?? Muitos? Poucos? Eis o subjectivismo do ser...

Só ou já 1/5 de Século!

Entrem e imaginem-se no vosso Castelo!

Gosto de receber amigos!

domingo, julho 22, 2007

Baloiço dos sentires


Faço baloiçar o meu sentir…
Sinto-te longe e perto…
A distância e a proximidade afinal são irmãs e podem andar de mãos dadas…
E nós quase nem percebemos.
Faço-me baloiçar, juntamente com os meus desejos, pensamentos, sentimentos e sensações!
Sinto-te a baloiçar ao meu lado, tocando-me por vezes nos dedos das mãos…
Andas a uma velocidade estonteante, o que faz com que a proximidade seja cada vez mais veloz a distância cada vez mais evidente.
Mas tocas-me! E sorris!
Queres-me sem me quereres!
Ou sem me quereres, continuas a querer-me!
Ou talvez me queiras sem querer!
E eu?
Eu continuo com os meus desejos, pensamentos, sentimentos e sensações numa roda-viva…
Tento escolher a minha prioridade, entre o racional e o sentimental ou emocional…
Ou um meio-termo, se é que este poderá algum dia existir!
Baloiço-me com mais vigor mas nem assim te consigo superar…
Continuo a admirar-te! Continuo a querer alcançar-te!


Será que o problema é andarmos em baloiços diferentes?

terça-feira, julho 17, 2007

Isso hoje são barracas



As casas eram brancas com a bela da barra amarela (ou azul ou avermelhada).
Tinham uma chaminé e janelas quadradas.
Chaminé branca ou preta, cortinas nas janelas, azuis ou rosadas.
As casas da minha aldeia eram assim!
As casas dos meus desenhos assim o eram.
Algumas tinham as antenas e muito poucas a parabólica.

Hoje não!

Hoje isso são barracas.

Hoje não se fazem casas, fazem-se prédios com TV Cabo.
Não se vêem portas de madeira nem chaminés brancas e pretas.

Isso hoje são barracas.

A madeira é para queimar (e só nas casas mais rústicas).
Existem os ares-condicionados muito bem equipados e práticos de ligar.
Nos meus desenhos havia sempre o jardim com baloiços e relva.
E meninos a brincar.

Hoje isso são barracas.

Hoje existem as estradas negras e os carros estacionados.
E os meninos?
Mas eu gostava das casas da minha aldeia e gostava dos meus desenhos das casas da minha aldeia.
As nuvens eram azuis e o sol era enorme, com enormes raios e um sorriso obrigatório.
Gostava mais dos meus desenhos e dos desenhos dos meus amigos do que dos desenhos dos meninos de hoje.
Hoje os desenhos dos meninos têm nuvens azuis ou cinzentas, um sol pequenino.
E o sorriso do Sol?
E o teu? E o meu? E o nosso?

Oh! Isso hoje são barracas.



(a fingir que sou criança revoltada...)

sábado, julho 14, 2007


Noites quentes
Corpos estoirados
Vazias as mentes
Corações gelados

Gelados de gelo frio
Os corações com o calor
Cansado e vazio
O corpo que, no rio,
Consigo faz amor

Vazias as mentes
De ideias brilhantes
Apreciando apenas
O desejo dos amantes

Noites quentes
Que permitem o suor
Dos corpos que, gementes,
Fingem fazer amor

Os corpos estoirados
Após tanta euforia
Ficam ali parados
Sem coração
De alma vazia

São apenas…

Corpos estoirados
Em noites quentes
Com corações gelados
E vazias as mentes.

domingo, julho 08, 2007

Lembro-me das primeiras palavras, ditas sem os lábios, sentidas sem o olhar.
Lembro-me, ainda, das primeiras palavras, ditas pelos lábios, do primeiro olhar.
- Para quem é a mousse?

Lembro-me do primeiro gesto!

Tu estavas lá! E continuas lá!
E nada mudou! Continuas lá. Não cá!
Era difícil crer no que tinha encontrado. Muito difícil mesmo!
Agora estou em ti e tu estás em mim...


Será possível continuar a recordar Novembro?


Agora apetece-me gritar, correr, fugir, voltar e calar, enquanto esta lágrima vai escorrendo. Não sei se doce ou salgada... Creio que um pouco de ambas, uma espécie de agridoce. Não consigo definir a sua textura, mas sei que dói! Dói cá dentro e não é pouco. Magoa, faz ferida!

Claro que não a vês!

Já olhaste em teu redor? Já reparaste no quão perto estás do céu? Quero alcançar-te! Deixa!

Encosto-me a uma nuvem daquelas que trouxe do céu numa das nossas viagens...

Hoje reparo que não foi ela que me serviu de aconchego em tempos menos bons. Foste tu! E hoje a nuvem continua cá e tu não.

Vou cantarolando uma qualquer música das nossas, imaginando que nada disto está a acontecer...

INÚTIL!
(a primeira imagem tem uma pequena porção de luz ...
...mas não me parece que signifique alguma coisa)

quinta-feira, julho 05, 2007

Naufrágio - Parte III


Que me dê um mapa e trace a rota
Que pinte uma tela e me mostre a minha vida
Que me dê uma bússola e indique a direcção!

Que eu já não sei nada!
Não sei, não.

Ou, no mínimo,
Que me dê um mapa sem traços
Que me dê os materiais para pintar
Que me dê uma bússola!

Que eu estou perdida
Não sei para onde virar!

Mundos e fundos
Quimeras e mares por navegar

Posso correr tudo,
Digam-me apenas por onde me guiar!

Os atletas partem e sabem onde é a chegada
E se não souberem alguém grita na bancada

Os camionistas, nas entregas,
Sabem qual é a estrada

O rio corre sempre e conhece a direcção

Mas eu já não sei nada!
Não sei, não!

Alguém me mostre o caminho
Alguém me dê uma pista
Alguém me dê um sinal
Que eu não vejo terra à vista!

(Ninguém tem coragem?)

1º Aniversário :)

E foi no passádo dia 30 que este Castelo fez o seu 1º aniversário!

(O tempo é de muito estudo, tendo tirado esse fim de semana para descansar e peço as minhas sinceras desculpas, mas estava mesmo a precisar...)

É verdade, foi no dia 30 de Junho de 2006 que coloquei a primeira pedra, o primeiro sopro neste Castelo.

Só passou um anito mas quero agradecer e congratular a todos os que visitam esta parte de mim e a todos os que, além de visitarem, me ajudam a construi-lo e a melhorá-lo, tornando-o cada vez mais forte e completo!


Por isso, e com grande alegria, vos ofereço
BOLO DE CHOCOLATE virtual!

SIRVAM-SE À VONTADE!!

segunda-feira, julho 02, 2007

Pequenos devaneios


Às vezes pergunto-me como é que sinto uma coisa tão GRANDE por ti e tu não aceitas que te dê um bocadinho para sentires por mim esse bocadinho que quero.
E fico triste...
Mas há alturas em que parece que sentes esse bocadinho por mim mas, por qualquer motivo, tens medo de o afirmar.
E assim vou esperando por ti...
Mas demoras a chegar e tenho medo.
A esperança e o medo andam assim de mãos dadas comigo, ora um, ora o outro...

E aqui se baseia a minha dúvida...