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"Todos sabemos que cada dia que nasce é o primeiro para uns e será o último para outros e que, para a maioria, é so um dia mais."
José Saramago

terça-feira, julho 31, 2007


Naufraguei!
Mais uma vez!
Após tantos e tantos dias e horas de esforço intensivo, uma eternidade, sem os resultados esperados e desejados, sinto que uma pequena pausa me fará bem e me dará força para mais uma época difícil em Setembro!
Não, não mereço estas férias e sou a primeira a assumi-lo!
Mas preciso. Preciso tanto!
Sinto o cansaço a apoderar-se de mim, a pegar-me ao colo, a puxar-me os cabelos e a gozar comigo com um ar de felicidade tal que fico com os nervos à flor da pele só de imaginar!
A realidade é que vou!
Vou para fora do país, sozinha e sem planos absolutamente nenhuns.
A única coisa que sei é o destino e o objectivo (ou parte dos mesmos).
Vou para sentir cada momento!
Do outro lado, pessoas queridas esperar-me-ão.
Talvez volte cheia de ideias e de força, cheia de boas vibrações que não consigo sentir aqui e agora!

Quanto a vocês, companheiros de guerra, levar-vos-ei a todos!
Cada grão de areia deste castelo vai estar comigo a tempo inteiro lá naquele lugar especial!

...quem sente os meus sopros sabe que sim!




Até já (para não parecer muito tempo) :)

sábado, julho 28, 2007

Mais desvarios...


A que cheira o ar?
A que cheira o sol?
A que cheira um ranger de dentes?
A que cheira a cor?
E o suspiro?
A que cheira a dor?

Mais um dia, mais uma noite
Mais uma eternidade de questões...
A vida
A fonte!

A que sabe um sorriso?
Sabe bem!
Mas sabe a quê??
A que sabe o horizonte?

Mais uma noite, mais uma eternidade
Nesta varanda que mais não me deixa que visualizar o céu
E o sonho!

A que cheira o pesadelo?

Questões unidas
Por vezes vencidas
Por mim e pelo cansaço.
Não pelo sono, só mesmo pelo cansaço!

De que cor é o cansaço?
De que cor são os falhanços?

Talvez no sono
Ou no sonho
Encontre as respostas...
Se elas, de facto, existirem.


Hoje não pouso a cabeça numa nuvem.
Junto uma pequena porção de estrelas
Das poucas que hoje vejo brilhar
Esperando que
Por baixo deste lençol, iluminem o meu caminho
E reconfortem a minha noite.
Deixo algumas de parte...
Para quem as quiser aproveitar.

Toma! Esta é a maior! Fica com ela!

segunda-feira, julho 23, 2007

Já passaram alguns anos...




Um sorriso...


Ou dois!


Um olhar...







Uma expressão!...

...que faz de mim uma pessoa diferente de todas as outras...

Não especial, mas única!

Quantos?? Muitos? Poucos? Eis o subjectivismo do ser...

Só ou já 1/5 de Século!

Entrem e imaginem-se no vosso Castelo!

Gosto de receber amigos!

domingo, julho 22, 2007

Baloiço dos sentires


Faço baloiçar o meu sentir…
Sinto-te longe e perto…
A distância e a proximidade afinal são irmãs e podem andar de mãos dadas…
E nós quase nem percebemos.
Faço-me baloiçar, juntamente com os meus desejos, pensamentos, sentimentos e sensações!
Sinto-te a baloiçar ao meu lado, tocando-me por vezes nos dedos das mãos…
Andas a uma velocidade estonteante, o que faz com que a proximidade seja cada vez mais veloz a distância cada vez mais evidente.
Mas tocas-me! E sorris!
Queres-me sem me quereres!
Ou sem me quereres, continuas a querer-me!
Ou talvez me queiras sem querer!
E eu?
Eu continuo com os meus desejos, pensamentos, sentimentos e sensações numa roda-viva…
Tento escolher a minha prioridade, entre o racional e o sentimental ou emocional…
Ou um meio-termo, se é que este poderá algum dia existir!
Baloiço-me com mais vigor mas nem assim te consigo superar…
Continuo a admirar-te! Continuo a querer alcançar-te!


Será que o problema é andarmos em baloiços diferentes?

terça-feira, julho 17, 2007

Isso hoje são barracas



As casas eram brancas com a bela da barra amarela (ou azul ou avermelhada).
Tinham uma chaminé e janelas quadradas.
Chaminé branca ou preta, cortinas nas janelas, azuis ou rosadas.
As casas da minha aldeia eram assim!
As casas dos meus desenhos assim o eram.
Algumas tinham as antenas e muito poucas a parabólica.

Hoje não!

Hoje isso são barracas.

Hoje não se fazem casas, fazem-se prédios com TV Cabo.
Não se vêem portas de madeira nem chaminés brancas e pretas.

Isso hoje são barracas.

A madeira é para queimar (e só nas casas mais rústicas).
Existem os ares-condicionados muito bem equipados e práticos de ligar.
Nos meus desenhos havia sempre o jardim com baloiços e relva.
E meninos a brincar.

Hoje isso são barracas.

Hoje existem as estradas negras e os carros estacionados.
E os meninos?
Mas eu gostava das casas da minha aldeia e gostava dos meus desenhos das casas da minha aldeia.
As nuvens eram azuis e o sol era enorme, com enormes raios e um sorriso obrigatório.
Gostava mais dos meus desenhos e dos desenhos dos meus amigos do que dos desenhos dos meninos de hoje.
Hoje os desenhos dos meninos têm nuvens azuis ou cinzentas, um sol pequenino.
E o sorriso do Sol?
E o teu? E o meu? E o nosso?

Oh! Isso hoje são barracas.



(a fingir que sou criança revoltada...)

sábado, julho 14, 2007


Noites quentes
Corpos estoirados
Vazias as mentes
Corações gelados

Gelados de gelo frio
Os corações com o calor
Cansado e vazio
O corpo que, no rio,
Consigo faz amor

Vazias as mentes
De ideias brilhantes
Apreciando apenas
O desejo dos amantes

Noites quentes
Que permitem o suor
Dos corpos que, gementes,
Fingem fazer amor

Os corpos estoirados
Após tanta euforia
Ficam ali parados
Sem coração
De alma vazia

São apenas…

Corpos estoirados
Em noites quentes
Com corações gelados
E vazias as mentes.

domingo, julho 08, 2007

Lembro-me das primeiras palavras, ditas sem os lábios, sentidas sem o olhar.
Lembro-me, ainda, das primeiras palavras, ditas pelos lábios, do primeiro olhar.
- Para quem é a mousse?

Lembro-me do primeiro gesto!

Tu estavas lá! E continuas lá!
E nada mudou! Continuas lá. Não cá!
Era difícil crer no que tinha encontrado. Muito difícil mesmo!
Agora estou em ti e tu estás em mim...


Será possível continuar a recordar Novembro?


Agora apetece-me gritar, correr, fugir, voltar e calar, enquanto esta lágrima vai escorrendo. Não sei se doce ou salgada... Creio que um pouco de ambas, uma espécie de agridoce. Não consigo definir a sua textura, mas sei que dói! Dói cá dentro e não é pouco. Magoa, faz ferida!

Claro que não a vês!

Já olhaste em teu redor? Já reparaste no quão perto estás do céu? Quero alcançar-te! Deixa!

Encosto-me a uma nuvem daquelas que trouxe do céu numa das nossas viagens...

Hoje reparo que não foi ela que me serviu de aconchego em tempos menos bons. Foste tu! E hoje a nuvem continua cá e tu não.

Vou cantarolando uma qualquer música das nossas, imaginando que nada disto está a acontecer...

INÚTIL!
(a primeira imagem tem uma pequena porção de luz ...
...mas não me parece que signifique alguma coisa)

quinta-feira, julho 05, 2007

Naufrágio - Parte III


Que me dê um mapa e trace a rota
Que pinte uma tela e me mostre a minha vida
Que me dê uma bússola e indique a direcção!

Que eu já não sei nada!
Não sei, não.

Ou, no mínimo,
Que me dê um mapa sem traços
Que me dê os materiais para pintar
Que me dê uma bússola!

Que eu estou perdida
Não sei para onde virar!

Mundos e fundos
Quimeras e mares por navegar

Posso correr tudo,
Digam-me apenas por onde me guiar!

Os atletas partem e sabem onde é a chegada
E se não souberem alguém grita na bancada

Os camionistas, nas entregas,
Sabem qual é a estrada

O rio corre sempre e conhece a direcção

Mas eu já não sei nada!
Não sei, não!

Alguém me mostre o caminho
Alguém me dê uma pista
Alguém me dê um sinal
Que eu não vejo terra à vista!

(Ninguém tem coragem?)

1º Aniversário :)

E foi no passádo dia 30 que este Castelo fez o seu 1º aniversário!

(O tempo é de muito estudo, tendo tirado esse fim de semana para descansar e peço as minhas sinceras desculpas, mas estava mesmo a precisar...)

É verdade, foi no dia 30 de Junho de 2006 que coloquei a primeira pedra, o primeiro sopro neste Castelo.

Só passou um anito mas quero agradecer e congratular a todos os que visitam esta parte de mim e a todos os que, além de visitarem, me ajudam a construi-lo e a melhorá-lo, tornando-o cada vez mais forte e completo!


Por isso, e com grande alegria, vos ofereço
BOLO DE CHOCOLATE virtual!

SIRVAM-SE À VONTADE!!

segunda-feira, julho 02, 2007

Pequenos devaneios


Às vezes pergunto-me como é que sinto uma coisa tão GRANDE por ti e tu não aceitas que te dê um bocadinho para sentires por mim esse bocadinho que quero.
E fico triste...
Mas há alturas em que parece que sentes esse bocadinho por mim mas, por qualquer motivo, tens medo de o afirmar.
E assim vou esperando por ti...
Mas demoras a chegar e tenho medo.
A esperança e o medo andam assim de mãos dadas comigo, ora um, ora o outro...

E aqui se baseia a minha dúvida...