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"Todos sabemos que cada dia que nasce é o primeiro para uns e será o último para outros e que, para a maioria, é so um dia mais."
José Saramago

sexta-feira, maio 22, 2009

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Quis voltar ao cais e não conseguiu.

Precisava de absorver a energia do sol e a força das ondas.

O tempo não permitiu.

Sem rumo, saiu de casa e passeou-se pelas ruas da cidade.

Sentia-se sem destino.

O sol brilhava – queimava mesmo – mas ela mal sentia.

Sentou-se num banco de um parque abandonado pelo tempo e encostou os joelhos ao peito.

Não olhou o horizonte, como de costume.

Fechou os olhos com força, como que a querer que as veias jorrassem o sangue que sentia ter em demasia.

Os três sorrisos ainda não tinham dado resultado, e não percebia o porquê. Já nem os três sorrisos a confortavam!

O mundo que, aparentemente, teria ganho cores, parecia querer voltar ao preto e branco.

Para quê? Para quê predispor-se a sentir aquela energia se no instante seguinte iria perder tudo de novo?

Precisava de morrer por instantes para renascer mais tarde!


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Escrevi este texto do nada e dediquei-o à minha querida Neia. Hoje ofereço-o a todos vós!

Na realidade, tenho um rumo… ou vários!

E apesar de querer olhar o horizonte e mais além, estou centrada nos livros e apontamentos.

É por isso que no próximo mês vou andar ainda mais desaparecida…

De facto, o tempo não vai permitir…

E tudo o que vou poder absorver resume-se a letras e frases e ideias.


O sol virá depois!

E sim, os sorrisos ajudam sempre!!