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"Todos sabemos que cada dia que nasce é o primeiro para uns e será o último para outros e que, para a maioria, é so um dia mais."
José Saramago

domingo, abril 29, 2007

Momentos...

A história foi assim:

O bisk8 encontrou a buhlaxa.
Começaram a falar.
A buhlaxa deixou-se levar pelo sabor (ou pela conversa) do bisk8.
Começaram a encontrar-se; seria aquele o segredo de ambos (visto que o bisk8 tinha uma ‘fofa’).
O bisk8 tinha medo de tudo, desde de ficar intragável até de derreter no leite, de sair do ‘pacote’ e aventurar-se.
Mas a buhlaxa, descontente, pediu certezas, pois não suportava mais tanta indecisão.
O bisk8 seguiu o caminho fácil, que já conhecia.
Preferiu ficar no seu pacote, escondido do mundo exterior.
- que é lindo –
A buhlaxa pegou em todas as suas migalhas e voou com o vento, para longe daquele mundo e daquele bisk8.

Permanecem então algumas questões – típicas:
Terá o bisk8 escolhido o maior amor ou o maior erro da sua vida?
Deverá a buhlaxa lamentar ou agradecer tal decisão?

Nem todas as histórias de amor têm um final feliz, mas como esta não foi uma história de amor – lol – teve o final escolhido pelos seus protagonistas, que não tem que ser obrigatoriamente mau nem obrigatoriamente um final.
Lágrimas? Isso é para os fracos.
Arrependimentos? Isso é para os inconscientes.
Esperança? De quê?
A buhlaxa não espera, vive!

E esta história foi assim criada e sentida, tal e qual, como tantas e tantas outras histórias de vida. A única diferença é que os protagonistas não são pessoas nem animais; apenas um bisk8 e uma buhlaxa… nada mais!
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Há momentos que nos marcam. Momentos loucos… De ternura, paixão, desejo, desgosto, ou simplesmente de loucura.

A nossa própria vida é um momento, repleto de sensações, de recordações, de vivências que a completam e fazem dela algo tão valioso.

Cabe a cada um definir o melhor momento para agir… Desafiar o destino e triunfar!

…e SORRIR! :)

quarta-feira, abril 25, 2007

Céu cinzento?
Mau tempo?
Caras tristes e ressacadas?
Rostos chorosos de pesar?
Molhados pela chuva que ainda está para chegar?

Calma…

Hoje é dia de sorrir!
Largar o ócio e a preguiça…
E as confusões que sempre atormentam a cabeça…

Hoje sinto o Sol!
O próprio dia sorri!
E não adianta explicar…

É dia de deixar as tristezas na estante!
Olhar o mundo com olhar confiante
(pelo menos uma vez na vida)
E “encontrar um trevo na tromba de um elefante!”

Eh! Eh!

domingo, abril 22, 2007



Talvez loucura
Talvez ilusão
Talvez desejo

Ou pura decepção…





Talvez refúgio
Ou até falsidade
Talvez amparo

Ou mera necessidade…





Sorrir! Sorrir! Sorrir!

Não sei…

Preciso e quero!


sexta-feira, abril 20, 2007


Sorrir? Adoro! Não quero deixar de o Fazer.
Chorar? Não vou chorar mais. OdEio!
Gargalhar? Sim! Ate doer o maxiLar e a barriga.
Sentir? Só se for muita energIa e bem-estar.
Desejar? Talvez o sol a bronZear o corpo inteiro.

(talvez seja isto uma sensação presente...
...ou um desejo...)
Bom fim de semana!

quarta-feira, abril 18, 2007


E em mais uma noite me refugio…

Eu em mais um canto escondido… desprotegido…
De um corpo… dado ou emprestado… por favor, por alguém…

Eu em mais uma noite minha… agora sem nuvens, sem manchas, sem verdades escondidas…
Algumas estrelas… talvez os amigos que, realmente, fazem com que qualquer noite brilhe… talvez…

Eu e as certezas… um sem número de cruéis verdades, de decisões forçadas… Inevitáveis, exigidas, tomadas…

Eu… sozinha? Existem sempre as estrelas… talvez…

E já se sente calor…
Calor dos corpos? Talvez… talvez se sintam, mesmo na distância…

Eu e mais uma noite minha… talvez tua também… não nossa…

Porque foi quebrado o ‘nós’ e o
E todos os nós que foram dados, sempre a medo, sempre com medos…
E quebrados e destruídos com as mãos e os dedos…

E sorrisos? E abraços?
E beijos?
E promessas? E desejos?
E momentos? E sensações?
E certezas? E dúvidas?
E decisões?

…não se esquecem nem se perdem…

sábado, abril 14, 2007

"(...)
Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada –
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser.
(...)"


Escrito por Álvaro de Campos
...sentido por mim...

sexta-feira, abril 13, 2007



TU apareceste to nada.

Uma pessoa simples e com um sorriso lindo e enorme.


EU toquei-te e fui contagiada por esse sorriso e por essa força que tens escondida e que descobri.


(e) AGORA (??) que vais embora vou ter que largar o sorriso e a força...

...na esperança ingénua de os recuperar quando/se um dia voltares...

quarta-feira, abril 11, 2007

Felicidade VS Facilidade


Deixam-se guiar pelo destino e as suas vidas não passam da cepa torta.
É assim que vivem muitas pessoas cheias de boas intenções e de grandes perspectivas de futuro!
É assim que tantas pessoas se entregam às facilidades! Onde houver uma seta a dizer ‘FACILIDADE’ é por esse caminho que enveredam sem olhar à volta a ver os restantes caminhos possíveis, que podem ser tão ou mais aliciantes, contudo mais difíceis e exigentes.
É por este motivo que existem mendigos em condições de sub-vida e a morrer de fome e que existem mendigos que conseguem viver em instituições e ter um lar. É que os primeiros continuam a acreditar no destino e os segundos tomaram consciência de que necessitam de ajuda e tomaram iniciativa de mudar para melhor!
Se encaramos esta hipótese de uma perspectiva metafórica, não será difícil vermos a que grupo de mendigos pertencemos e em qual desejamos tomar parte.
A realidade é que o destino existe e eu acredito nele, mas se não lhe mostrar aquilo que quero e que mais desejo ele não adivinhará sozinho!
O mesmo quererá dizer que se eu não jogar no Euro-milhões nunca serei euro-milionária!
E também não é sentada num banco de jardim que vou viajar pelo mundo!
Isto abarcando os vários sectores além do monetário!
A verdade é que os conceitos ‘Facilidade’ e ‘Felicidade’ são muito parecidos e facilmente confundíveis, mas nem sempre análogos… muitas vezes são mesmo antagónicos!

Chega de papelinhos anónimos a dizer “Sou cobarde”, “Quero-te”, “Quero ser feliz!”.
Tomemos iniciativa de dar a cara e lutar pela Felicidade e não pela Facilidade!
Estamos num concurso, denominado Vida, e temos as respostas; acontece que a um dado momento somos apanhados por uma que nos falhou e erramos.
Neste caso não errámos apenas no facto de não termos acertado na resposta, como também errámos quando resolvemos copiar!
Peçamos desculpas a quem sempre acreditou em nós e, pelo menos uma vez na vida, sejamos capazes de olhar um pouco mais em nosso redor, analisar os vários caminhos possíveis e não prestar apenas atenção às letras a Negrito!
Só assim, numa noite, ao entrar no quarto, será possível que nos deparemos com um bilhete do Destino a dizer:
Realmente não és nenhum cobarde! Demonstraste que efectivamente tens valor porque desafiaste a calmaria da facilidade em prol da felicidade! És uma força da natureza! Orgulho-me de ti pela tua bravura e autenticidade!


Fica uma frase...
“A felicidade parece-se com as gravatas: cada um escolhe a cor da sua.” (Noel Clarasó)

terça-feira, abril 10, 2007






Tantas imagens!!

...e nenhuma suficientemente capaz de definir a ausência que já sinto (de nós)...

sábado, abril 07, 2007

O que trago hoje é, talvez, um pouco diferente do habitual. Hoje lanço ao vento uma oração, se assim se poderá denominar, para pensar um pouco. Creio ser conhecida de muitos, pelo menos é lida na Via-Sacra cá da terrinha, no momento em que Jesus é pregado na cruz... Enjoy it!

“Senhor, esta noite deves estar fatigado, pois estiveste que tempos na bicha do centro de desemprego. Esta noite deves estar humilhado, pois ouviste quantas e quantas reflexões dilacerantes. Esta noite deves estar sem coragem, pois amanhã... terminarão os Teus direitos:
o direito de Te alimentares;
o direito de sustentares a Tua família;
o direito de viver...
Só Te resta o direito de morrer.

Senhor, esta noite como deves sofrer! Pois eras Tu aquele desempregado que encontrei há uma hora atrás.
Eras Tu, eu sei, porque Tu mo disseste no teu Evangelho: “Eu estava nu, sem abrigo, doente e preso...” desempregado!
Eras Tu, eu sei, mas depressa o esqueci.

Senhor, quão longo é o teu caminho para a Cruz!
E eu que o julgava terminado!
Julgava que tinhas, finalmente, chegado lá a cima, ao Gólgota, ao fim de tantas horas de tortura, no auge dos anos trinta e qualquer coisa.
Eu sabia que tinhas vindo até nós, como nós, um entre nós, e que Te tinham visto andar pelo nosso caminho, ocupando fielmente o teu lugar na longa fila dos sofrimentos.

Mas eu não sabia que o teu caminho de Cruz estava inaugurado já de há muito, desde o início dos tempos, quando os primeiros homens, sobre as primeiras terras, sofriam as suas primeiras dores. E não sabia, também, que ele só terminará quando os últimos homens tiverem soltado os seus últimos gritos, nas últimas cruzes.

Pois Tu, Senhor, há dois mil anos, levaste até ao fim a Tua parte, fielmente, perfeitamente.
O caminho da Cruz dos teus irmãos é longo. Muito longo. E Tu não deixaste de ser com eles, por eles, Explorado, Rejeitado, Humilhado, Aprisionado, Despido, Torturado, Crucificado.

Corpo e coração dilacerados, prolongando no tempo o teu sofrimento supremo, em todas as cruzes do mundo, que os homens ergueram.

Agora aprendi, Senhor, que aquele que ama sofre a dor do amado. E quanto mais ama, mais sofre. E tu, que amas infinitamente, sofres infinitamente por nos ver sofrer. É assim que, encarnando perfeitamente todas as nossas dores, Tu és, Senhor, nos teus membros, crucificado até ao fim dos tempos. É essa a tua grande Paixão... do sofrimento e do amor.

Mas esta noite, ao rezar, perante eles e perante Ti, penso também, Senhor, que as cruzes dos homens não aparecem sozinhas.


Somos nós próprios que as fabricamos, em cada dia, pelos nossos egoísmos, pelos nossos orgulhos, no longo mostruário dos nossos múltiplos pecados.

Somos fabricantes de cruzes!
Artesãos por conta própria,
ou em conjunto,
industriais perfeitamente organizados.
Produzimos cruzes em série,
cada vez mais numerosas,
cada vez mais aperfeiçoadas.
Cruzes para homens a morrer de fome.
Cruzes para combatentes em campo de batalha.
Cruzes e cruzes e cruzes...
Sempre cruzes.
De todas as formas e tamanhos.

E se precisamos, Senhor, de ser Simão de Cirene para os nossos irmãos que sofrem, precisamos, também, de lutar todos juntos...
para desmantelar as nossas inefáveis fábricas de Cruzes!”

Boa Páscoa!

quinta-feira, abril 05, 2007


Não confundas o amor com o delírio da posse, que acarreta os piores sofrimentos.
Porque, contrariamente à opinião comum, o amor não faz sofrer.
O instinto de propriedade, que é o contrário do amor, esse é que faz sofrer.
(...)
O amor verdadeiro começa lá onde não se espera mais nada em troca.”

(Antoine de Saint-Exupéry, in 'Cidadela')

A realidade é que...
...“Temos horror às situações cujo controlo não está nas nossas mãos. A verdade, porém, é esta: as situações que realmente nos fazem crescer são precisamente aquelas que não comandamos.”

(Jacques Philippe)



O amor, tal como o mar, não se deixa controlar!

Daí o facto de ser tão temido e tão destemido.
Cá para mim tem que ser algo lindo, belíssimo e cheio de sentido!

Se não fosse assim, não merecia a pena que lutássemos por ele...


...e..... PUFF! Mais um sopro lançado...

segunda-feira, abril 02, 2007

“Palavras descritas num sopro de movimento”


Quando visto as calças elásticas
Descalço os ténis
E de um tombo começo a gesticular
As músicas infantis
Ou os fados,
Quando começo a fandangar,
A tentar
espargatar
Em frente àquele espelho...

Quando largo as calças e subo ao palco
Sem querer intimidar,
Sem saber se alguém me vê...
Tudo parece ganhar...
Forma, sentido,
E resposta a um ‘porquê’...

São palavras que ouço
Sons que sinto...


São palavras que sinto
Gestos sem palavras,
Palavras gesticuladas
Sopros de movimento...

Palavras...
Ousadas e usadas
Descritas
Ditas...

São sons
palavreados
Palavras sentidas...

São palavras...
Suspiros
Risos sonoros
Choros silenciosos...

Sensações que sinto,
Que não invento...

“Palavras descritas num sopro de movimento”

(aplausos, por favor)