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"Todos sabemos que cada dia que nasce é o primeiro para uns e será o último para outros e que, para a maioria, é so um dia mais."
José Saramago

sábado, fevereiro 23, 2008

Naufrágio - parte VI

Não, não voltei a naufragar.
Aventurei-me e enfrentei o mar e os medos e todos os tormentos de quem muda vida, na esperança de a melhorar.
Aventurei-me!
Assim como entrei no barco que me levou a naufragar naquela ilha desconhecida e a passar tempos e tempos da minha vida naquele mar, ora mansinho ora catastrófico, senti necessidade de me aventurar numa jangada improvisada e abandoná-lo.
Estava a sufocar.
Não foi fácil!
Temia continuar perdida e não conseguir encontrar o meu Norte!
Mas a solidão transformou-se numa boa amiga.
Aqueles dias de tormento ajudaram-me a reflectir e tirei algumas conclusões.
Sou mais além de um corpo. Muito mais!
Tenho em mim uma mente poderosa (só não tem quem não a tenta desenvolver, eu creio).
Percebi que o norte posso ser eu, ou sou mesmo!
Na realidade, por vezes ainda sinto aquela brisa. Não guardo rancores e, estranhamente, é com um sorriso que recordo a ilha e o mar.
Mas não desejo voltar a perder-me por lá!
Posso não saber bem o que quero, mas sei o que não quero.
Encontrei-me aqui e agora e sinto-me bem...
Esta terra é nova, ainda, e tem tanto para eu descobrir!
Temo, claro que temo!
Parece rica e abundante em coisas boas...
Os defeitos existem sempre e estou preparada.
Mas também, que é que perco?


Talvez vá dando seguimento a esta história e o meu Naufrágio não tenha um final.
Talvez tenha apenas um novo título, quiçá...

quinta-feira, fevereiro 07, 2008

A vida inspira-me!


Sentada sobre algumas meias dúzias de grãos de areia de uma qualquer praia do litoral português, observo o mar e deixo que o primeiro sol de 2008 me inspire.
De pernas cruzadas e com a folha virtual sob as minhas mãos, fecho os olhos e deixo que os sentidos conduzam os meus dedos.

Sinto o cheiro do mar, a força das ondas e a energia do sol.
Num ápice de um abrir e fechar de olhos, observo os viajantes que por mim passam.
Novelos de histórias, metros e metros de novas ideias, invadem a orbe do meu ser.
Assim viajo um pouco mais.
Dou a volta ao nosso planeta e a centenas de outros novos mundos.
Atravesso milhares de outras histórias, tão diferentes das minhas, tão melhores e tão piores.
Tão únicas.



Hoje não quero saber se escrevo bom português ou se apenas agrado a uma pequena porção de “gatos-pingados”.
Nem queria, sequer, escrever.
Mas existem situações que perdem o encanto, quando controladas.

Por isso, deixo os meus dedos saltarem de tecla em tecla, como fazem os insectos nos areais do deserto para não queimarem as patinhas.
O resultado poderá não ser o melhor mas será, para mim, certamente positivo.


Não quero, hoje, saber se escrevo bom português.
Quero apenas viajar por sonhos, captar energias – que até poderão existir em mim.
Quero inspirar-me no sol, na areia, no mar e em alguns olhares e sorrisos com que me deparo.
...simplesmente sentir...

A vida inspira-me!

sexta-feira, fevereiro 01, 2008


Viro uma página da minha vida, uma volta de alguns graus.
Mais uns passos, sinto-me bem.
Olho-te e olhas-me e juntos perdemo-nos num só olhar...
...que é nosso.
Porque nesta estrada sem limites, correr e voar não dá multa.
E descobrir contigo caminhos só nossos é uma sensação boa demais!
A distância agora não me assusta e a proximidade nunca existe em demasia.
Perco-me em sonhos e encontro-me ao encontrar-te, nesta realidade mágica.
E agarro-me a nós.
Não me prendo, deixo-me embalar neste abraço.
Adoro!!!
Agarra-te também, amor, e recebe o meu colo.
Adormece em mim e leva-me contigo no nosso tapete voador...


Para ti, visto-me de sorrisos...
...e fico a olhar-te com estes olhos brilhantes de espanto de quem está a descobrir o mundo.

Porque te amo!