Este post tem um duplo significado: responder a um desafio e desejar a todos um óptimo Natal!
Por partes…
Tenho, além deste, outros dois desafios para responder e a opção por este prende-se exactamente ao facto de estar relacionado com a época que estamos a viver.
Foi-me proposto pela minha querida Violeta, a quem mando desde já um enorme beijinho!
Aos restantes irei responder mais tarde, as minhas desculpas.
As regras do desafio são as seguintes:
Passar um Natal muito feliz.
É o que todos esperamos sempre! E vamos fazer por isso :)
Exibir o selinho no blog
Ok, é para já!
Mostrar fotografias da vossa árvore de Natal, presépio e decorações de Natal
Posso responder a esta parte mais tarde? O tempo é de estudo intenso e mal tive tempo de montar o presépio. Contudo, não somos muito “festivaleiros” cá em casa. Um presépio simples com uma simples árvore de natal e algumas luzes. Não esquecendo as botinhas na chaminé, claro!
Contar como costumam passar o Natal. A véspera e o dia, onde vão, o que não pode faltar na mesa, a que horas abrem as prendas, tradições, enfim, o que quiserem partilhar...
Na minha casa sempre houve crianças.
Primeiro as minhas irmãs mais velhas, depois eu e a minha irmã mais nova, entretanto os meus sobrinhos mais velhos e agora os dois mais pequeninos que têm 6 e 7 anos.
No dia 24 jantamos cedinho o bacalhau com couves, como manda a tradição, e vemos filmes de natal e contamos histórias aos mais pequeninos. Depois vamos deitá-los e os sobrinhos mais velhos ficam com eles - pois porque apesar de serem mais velhos serão sempre sobrinhos, logo, sempre crianças - não sem antes deixarem um sapato ao pé da lareira da nossa sala.
Normalmente deixam também um copo de leite e uma bolacha em cima da mesa. Entretanto os adultos preparam-se para ir buscar os presentes aos sítios mais inimagináveis e tratam de os organizar em montinhos, cada um com o sapato da pessoa a quem se destinam.
As crianças mal dormem, mesmo “sabendo” que o Pai Natal só vem quando adormecerem!
No dia 25 acordamos todos cedo, normalmente com eles a perguntarem se já podem ir para a sala, e esta é a parte mais gira, que é vê-los com aquelas caras de felicidade por saberem que o pai natal não se esqueceu de aparecer por cá e que até bebeu o leitinho!
No fim de tudo aberto e da sala toda de pantanas :p vamos à missa e almoçamos roupa velha.
À noite vêm os meus primos e os avós e jantamos todos juntos e convivemos até chegar o sono.
Não pode faltar o bacalhau, os felhozes e uma sobremesa da madrinha, independentemente do que seja, porque são todas de comer e chorar por mais :p
Passar o selinho e o desafio a 3 blogs que achem especiais
Deixa-me rir! Como se não houvesse amanhã, como se não houvesse mais hoje.
Até que as cordas vocais se soltem, até que o riso se expanda ao infinito.
Deixa-me rir!Sorrir não chega, cantar não chega, olhar, ver, observar… não chega!
Deixa-me rir! Até doer a barriga, até saltarem lágrimas dos olhos (as lágrimas todas), até os ossos se soltarem do resto do corpo (para fazerem a própria melodia).
Celebra-se hoje o Dia Mundial da doença de Alzheimer. Aquela que aparece lentamente, cujos sintomas são pequenos e insignificantes esquecimentos, mas que o passar do tempo e o avançar da idade transformam numa doença grave e sem retorno.
Tu foste só mais uma vítima no meio de milhares meu anjo. Infelizmente. Esquecias-te do avô, da mãe e de nós, querias ir fazer comida para os teus pais, dizias que aquele “hospital” tinha o chão igual ao da tua casa (porque era mesmo a tua casa e não a reconhecias), tentavas fugir, tiravas a chave da porta, tinhas ataques de hipotermia… Enfim, tantas coisas que nos assustavam.
Mas quando voltavas a ti eras a pessoa mais doce do mundo. Gostavas de beijinhos, de atenção, de carinho. Abraçavas-nos com espanto e com alegria, como quem não nos via há anos e estava cheia de saudades.
E tinhas um sorriso do tamanho do mundo.
Agora já não tens aqueles ataques, já não te esqueces de nós, já não foges de casa.
Mas também já não te podemos dar beijinhos, nem abraços, nem podemos ver o teu sorriso e dizer como estás bonita com o cabelo arranjado.
Já não te posso chamar piquena, nem canita, já não podes dizer que estou crescida.
A realidade é que quando me disseram há dois dias “vem ali a tua avó”, hesitei… O mais normal seria perguntar qual e, caso fosses tu, ir-te ajudar e abrir-te a porta.
Agora tens uma nova morada.
Já não necessitas dos nossos cuidados nem dos nossos mimos. Já não necessitas dos beijinhos.
Agora sentes tudo de uma outra forma, uma forma que não necessita de um corpo, da parte física.
Agora és mais livre que nunca meu anjo!
Que nó se formou dentro de mim quando te fui visitar! Ou melhor, quando fui visitar o teu corpo!
Porque, mais do que nunca, estás comigo, connosco.
A dor persiste, a saudade cresce.
Adoro-te!
.
(prometo que vou trazer uma foto para mostrar a todos como eras bonita)
Para ti o mundo sempre foi pequeno. Tu, que não tinhas medo da escuridão, e que andavas de mota com a facilidade de quem anda de triciclo.
Agora o mundo ficou mais pobre, muito mais pobre mesmo, mais frio, mais seco, MAIS INSUPORTÁVEL!
Gostava de dizer com um sorriso que sei que agora estás bem, porque a tua alma se libertou… de um cérebro que já lhe tirava a lucidez, de um coração já cansado de bater, de um corpo já pesado e já cansado de viver.
Gostava de te oferecer o meu sorriso sim, avó, mas as lágrimas não se cansam de saltar dos olhos e escorrer pela cara. Está difícil demais!
Agora és o meu anjinho!
Foste aquela avó paciente. Aquela que não ficava um Verão sem nos levar à praia, que nos ensinou que aquele túnel fazia um eco único, que nos dava o primeiro jantar de todos os dias (o outro era em casa), que fazia as melhores couves com feijão do mundo, os melhores bolos do mundo. Tinhas paciência para nos aturar aos serões (eu adorava os de Inverno, com a braseira de baixo da mesa que me aquecia todinha) e durante as tardes todas em que não tínhamos aulas ou estávamos de férias.
Eras aquela avó doce e brincalhona, que não dispensava o sorriso.
Mesmo quando estavas a sofrer! E sinto-me estúpida e egoísta por só conseguir chorar!
Obrigada, anjinho, por esse mesmo sorriso e pelos dois beijinhos, horas antes de teres partido, e por me teres conhecido nessa, que eu estava longe de imaginar que seria a última vez!
Eterna e inesgotável saudade
segunda-feira, julho 27, 2009
(foto original nossa)
Sabes que salvas sempre os meus dias?
Reparo na barreira ténue entre o perfeito e o imperfeito. Basta um clic! E cruzo os dedos e peço a todas fadas para que o primeiro volte depressa.
A lua, ainda visível, sorri-me. Guarda em segredo os momentos nossos. E aos poucos torna-se invisível, para permitir a saudade. Eu? Estou sentada no parapeito da janela deste espaço já tão nosso. Se me atirar daqui, creio conseguir flutuar, tão leve que estou...
Porque me tens!
E és tão bonitinho =)
quinta-feira, julho 23, 2009
Eu sempre gostei de ser o centro das atenções pelas coisas que escrevo, pela forma pouco envergonhada com que sempre falei em público, enfim por coisas que fiz ou faço. Não à toa, apenas porque naquele dia a minha mãe me deu à luz (ela sim, merecia ser o centro das atenções, então).
Lembro-me de uma vez, na igreja, a freira me pedir para cantar uma canção. Deu-me o microfone e lá fui... “ ’tava a assar sardinhas, com o lume a arder, queimei a pilinha sem ninguém saber (...)”. Risada total, todos adoraram... Até a minha mãe teve que se render! E sim, sou rapariga lol!
Na realidade, já mereciam umas férias. E, na realidade, as crianças também já mereciam sair daqui nem que fosse por um dia. E, na realidade, eu também já merecia um dia assim,
.....para mim,
...............de introspecção,
...........................com o comando só meu,
.................com comida apenas à medida da minha fome,
...............................................com a piscina só para mim,
cujo som que oiço quando deitada na espreguiçadeira é o do vento a passar pelas árvores lá de fora...
O meu aniversário é que não tinha que ser hoje...
Foi no dia vinte e três de Julho de mil novecentos e oitenta e sete.
Tinha escrito umas coisinhas sobre a minha terra, tema ao qual desejaria ter dedicado este post. As saudades já são imensas! Ontem vi os meus pais… E que vontade tive de ir com eles! Esta sensação de ficar para trás tem tanto de terrivelmente mau como de absurdo, mas é incontrolável! Vão-me valendo o namorado, que não me deixa ficar só, e a colega de casa com quem também solto umas gargalhadas…
Mas ficará para uma próxima oportunidade. Hoje vou responder a um mimo, em forma de desafio, que me foi oferecido primeiro peloDias, que é um simpático e que deposita uma maturidade enorme no que escreve, e posteriormente pela minha querida Neia, amiga mais recente e que tem uma alma enorme e um coração doce (doce demais para ficar triste com os dias)!
O desafio consiste em mencionar 5 coisas que gosto e desafiar (ou oferecê-lo, como prefiro sempre) a 10 blogues, não esquecendo, é claro, de divulgar as regras e de deixar comentário nos blogues desafiados.
Pois bem…
Gosto da minha casa (leia-se também a minha família)! Adoro, é um mundo quase à parte, que me dá sempre energia, que me devolve sempre uns pós mágicos que não me permitem que o sorriso desapareça, que está sempre, sempre, sempre.
Gosto da minha terra (leia-se também o Rancho Folclórico dos Campinos da Azinhaga)!Dançar faz-me sentir bem, tira-me grande parte do stress que acumulo ao longo da semana! Dançar no rancho faz-me, além disso, reviver e sentir sempre a energia de ser ribatejana, com garra, com fé, sem baixar os braços.
Gosto dos amigos! Que, apesar de não serem muitos, me são muito. E que apesar de andar distante nesta altura, sabem e sei com quem contar.
Gosto do sol (e da praia e do campo)! E de sair por aí com óculos de sol e sandálias, sem preocupações com o frio e com casacos.
Gosto de Direito!Que, apesar de me dar um trabalhão dos diabos, me preenche a alma. E me faz quase desesperar em alturas como esta.
E… Gosto de dar beijinhos e abraços e mimos! Gosto.
Foram 5 e 1bónus (não vi em lado nenhum que não era permitido). Sou muito agarrada a emoções e muito pouco a materiais. Levem-me tudo, deixem-me o discernimento!
Tiro os sapatos e as meias... Olho o céu com muita força. Só gostava de ter asas... Levem-me o coração, ou a sua parte menos prática. Mas dêem-me umas asas! Quero sentir o chão a escapar-me dos pés, saber-me no nada. Nem branco nem preto, nem dor nem sentidos. Nem ar. Nem palavras. Absolutamente nada. Tiro os ponteiros do relógio e guardo-os no bolso. E assim o tempo será meu, terei tempo para mim. E para nada. Quero fugir desta selva em direcção a coisa nenhuma. Nada. E, no regresso, será muito pedir ordem? Nem justiça nem união. Ilusão... Um pouco de ordem será suficiente!!
Mas, por agora, só gostaria mesmo de ter asas... Por tudo. E para nada!!
Palavras para ti serão sempre poucas, mas também algumas até desnecessárias.
Por isso aqui vai só uma meia dúzia delas...
Porque és um hino à mulher e à maternidade,
Hoje não te escrevo muito…
…Admiro-te mais!
.
Este dia é especial porque tu existes.
E é teu, mas é meu também.
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Obrigada!
Beijinhos e muitos, muitos PARABÉNS!
quinta-feira, fevereiro 19, 2009
Escrevo com um lápis pequeno numa folha virtual amarrotada pelo uso, enquanto percorro a cidade. Não sei em que estado me encontro. Estupefacientada ou estupefaccionada estou, talvez ainda um pouco. Passo numa rua velha e olho um vidro de uma casa em ruína. E reparo… Tens um sorriso mesmo bonito!
- O que é isso?!
Quando me olho vejo o teu sorriso, quando me toco sinto as tuas mãos, os teus dedos. Não importa o estado em que me encontro nem o chão que piso. Levas-me os medos, trazes-me o que preciso. (Apenas) estás em mim. Amor. É isso.