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"Todos sabemos que cada dia que nasce é o primeiro para uns e será o último para outros e que, para a maioria, é so um dia mais."
José Saramago

quarta-feira, maio 30, 2007

Vagabundear

Sou um jovem vagabundo
Sem local para habitar
Filho da vida, filho do mundo,
Com histórias incríveis p’ra contar.

Nasci em família
Mas muito cedo rejeitado
Agora vou por aí,
Sou mais um desalojado…

A rua é a minha casa,
Os cobertores, a mobília
E os “amigos de caixote”
Formam a minha família.

Jovem simples e dedicado,
A minha auto-caracterização.
Durmo em local desabrigado…
Dás-me um pouco de pão?

(…)

Uma síntese da vida
Um pedaço de horror
Uma mágoa sentida
Um alguidar com muita dor!

Este poema foi escrito por mim a 21 de Janeiro de 2003

__________________________

Hoje sinto-me assim… a vagabundear pela vida…
Mas existe-me nos lábios um semi-sorriso dado a medo.
Quero confiar em mim… Espero encontrar em breve um abrigo!

9 comentários:

AC disse...

Inconscientemente fui imaginando um ritmo hip pop pesado...
Gostei, o talento já vem de longe.
Beijo

mari (a)penas... disse...

Lol mas não... Nem é o estilo de música que mais aprecie.
Mas gostei da sinceridade :)
E permite-me, não é talento, é paixão :)

Bjinho*

O Profeta disse...

Cada gota é uma nota
Que seduz o coração
De quem ouve o marulhar
Escorrer em sua mão

Estalam as folhas no alto
No afago de suave vento
Alguma se irá soltar
Dando tom ao sentimento


Profético beijo

o alquimista disse...

Poema linda, cheio de puras humanidades...


Doce beijo

Stranger disse...

Somos todos poetas



Assisto em mim a um desdobrar de planos.
as mãos vêem, os olhos ouvem, o cérebro se move,
A luz desce das origens através dos tempos
E caminha desde já
Na frente dos meus sucessores.
Companheiro,
Eu sou tu, sou membro do teu corpo e adubo da tua alma.
Sou todos e sou um,
Sou responsável pela lepra do leproso e pela órbita vazia do cego,
Pelos gritos isolados que não entraram no coro.
Sou responsável pelas auroras que não se levantam
E pela angústia que cresce dia a dia.




In: A poesia em pânico. Rio de Janeiro, Cooperativa Cultural Guanabara, 1938.

Anónimo disse...

Bem.. que desalento.. ão vale a pena menina!
Não valeão... força para as provas :)

=^.^=

mari (a)penas... disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
delusions disse...

Todos nos sentimos assim de vez em quando... Pelo menos o "semi-sorriso" ajuda a percorrer o nosso vagabundear pela vida...

gostei do poema...

bjinhos* bom fim-de-semana

Joanne disse...

Poema bonito. Hj tenho esse estado de espirito.