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"Todos sabemos que cada dia que nasce é o primeiro para uns e será o último para outros e que, para a maioria, é so um dia mais."
José Saramago

sábado, janeiro 26, 2008

A minha vida não tem tectos.


A minha vida não tem tectos.
Por isso, fechar-se uma porta ou uma janela não implica a perda da claridade.
Aqui cresço sempre: as escadas vão dar ao infinito e todos os degráus são importantes e, quiçá, únicos.
Quando sinto necessidade de descer – para depois subir com mais vigor – raramente piso o mesmo.

Porque a vida – metaforizada nesta escada – é como um rio que corre, e porque o tempo é como o vento que o sopra sempre em frente, cujo retrocesso implica uma nova tentativa e não a repetição da mesma em eco.

5 comentários:

Anónimo disse...

a vida é mesmo assim.. vai vem, mais feliz ou menos feliz!.. cresce, sobe e desce. mas é assim que ela tem de ser vivida! ao subirmos a escada, sabemos à partida que podemos cair, ser derrubados ou até sermos nós próprio a querer descer. quando tornamos a subir, fazemos destes "desvios" algo com sentido: raramente voltamos a cair no mesmo erro; muito raramente nos deixamos enganar da mesma forma com muita facilidade. aprendemos a desconfiar ou a não confiar tanto. mas é isso que é a experiência. é a isso que chamamos VIDA !

beijinho bom*

AC disse...

Mari, EXCELENTE!

Amei cada uma das metaforas, não implica que concorde mas sim que tirei imenso prazer deste teu post.

O sem "tectos" é sublime, e o não "eco" não é no todo certo.

Beijo muito agradado miuda, muitissimos parabéns.

Anónimo disse...

Por onde nos levam as escadas da vida??!!! Será que existe mesmo portas e janelas??!!
A vida não tem tectos...é um facto!

A vida é feita por escolhos, esses escolhos têm caminhos, por vezes tropessamos e caimos nos caminhos que escolhemos...
Será que conseguimos levar?? Ou não sabemos cair??
Tanta pergunta não é??
Mas afinal por onde levaram estas escadas a quem nós chamamos VIDA...!!!

Bjinho*

Joanne disse...

Fantastico! =D

pin gente disse...

a água que passou neste rio não voltará a passar
outra virá em seu lugar
o vento que ontem foi soprado
em tempestado ou bonança
seguiu o seu destino alado
e nós!
festejamos a viva qual criança