Desta vez decidi publicar. Apenas me sento em algum lugar, respiro fundo e penso objectivamente acerca de tudo o que aconteceu durante o ano que está a acabar. Apenas para fazer um ponto de situação.
Foi um ano de surpresas.
Umas boas e outras menos boas. Se por um lado esperava fazer na faculdade muito mais do que fiz até Agosto, por outro fiz muito mais do que esperava a partir de Setembro.
Fiz uma viagem inesperada que me deu toda a energia para superar muitos obstáculos que encontrei daí em diante. Só lamento a dificuldade daquela língua, o que não me permite ir estudar para lá.
Depois a mudança inesperada de casa, que se tem vindo a tornar habitual, encontrei colegas que, apesar de não substituírem as anteriores, são fantásticas.
Foi também um ano de sacrifícios.
Começou com algumas expectativas relativamente à faculdade, as quais não foram todas superadas, não sei se por ter o ego alto demais ou se, pelo contrário, o medo de voltar a errar me prendeu.
Ficar sozinha a estudar no meu aniversário e reprovar na oral dois dias depois foi quase traumático. Tive que repensar todas as minhas escolhas relativamente a um futuro profissional, mas creio que isso é algo que vou fazer nos próximos anos, dada a dificuldade do curso.
Felizmente estou a conseguir superar as expectativas previstas para mais um ano lectivo. Dizem que estou mais aplicada, eu diria mais entusiasmada.
Entendo o meu curso como um namorado a quem tenho que sorrir mesmo que por vezes não me apeteça muito, do qual tenho que cuidar para a relação não terminar.
Foi um ano de loucuras.
Muitas loucuras. Vivi ao longo de todo o ano um sem número de doces loucuras que guardarei para sempre, as quais não creio ser importante denominar.
Faria tudo vezes sem conta sem arrependimentos.
Conheci muitas pessoas, algumas muito interessantes, por sinal, que passaram a fazer parte de um número restrito a quem chamo amigos.
Vivi noites e dias de forma tão intensa como não imaginava ser possível.
Apaixonei-me, duvidei da paixão.
Foi, finalmente, um ano de conhecimento e aprendizagem.
Além das pessoas que fazem, agora parte da minha vida, foi um ano de conhecimento próprio, sempre positivo.
Conheci algumas das minhas limitações enquanto ser humano que sou.
Aprendi a fazer da solidão uma arma forte de liberdade. Isso permite-me ter uma vida independente e aproveitar cada momento como único.
Aprendi a dar valor aos meus amigos próximos, deixando alguns fantasmas do passado no respectivo lugar. E isso faz de mim uma pessoa mais saudável.
A todos os que por aqui passam, e aos demais,
Feliz 2008!